“Sei que significa muito pras pessoas que me acompanham também, pros artistas que nos olham como referência, a gente sente a vibração de quem torce por nós”, declarou André Prando sobre sua participação no palco SUPERNOVA do Rock in Rio

FOTO: FELIPE AMARELO

Com videoclipe novo na praça, o cantor e compositor capixaba André Prando alcança um dos maiores palcos do mundo: O Rock in Rio. Na edição deste ano, no Rio de Janeiro, o artista sobe ao palco SUPERNOVA no dia 6 de outubro. Nesse mesmo dia, o festival também receberá artistas como Muse, Os Paralamas do Sucesso e o encontro entre Lulu Santos e Silva.

Em entrevista ao portal MBV, Prando contou suas referências para a realização do clipe da canção “Fantasmas Talvez” e garante que tem muito material de seu último álbum – Voador -, que será a essência de seu show no próximo dia 6:

“Ainda considero “Voador” novinho, pretendo circular muito com ele ainda (ficamos em turnê com o Estranho Sutil, disco anterior, por 3 anos). Temos o show Voador captado em vídeo e vamos trabalhar esse lançamento ainda, registros acústicos e outros videoclipes”. 

 

Música Brasileira Viva: André, recentemente você foi anunciado como uma das atrações do palco SUPERNOVA, do Rock in Rio 2019. É a realização de um sonho? Como isso impacta na sua carreira? 

André Prando: Talvez seja o show mais especial da minha vida, é o sonho de qualquer artista, a gente trabalha pra alcançar cada vez palcos maiores, mas esse convite foi inesperado. Claro, sei que é fruto de muitos anos de dedicação. Sei que significa muito pras pessoas que me acompanham também, pros artistas que nos olham como referência, a gente sente a vibração de quem torce por nós. Energia é coisa séria, né? Alegria define! Acredito que vai marcar nossa história, mas o corre continua o mesmo, sabe? Se as pessoas passarem a se atentar mais pra nós por conta disso, massa! Acho ótimo (risos)

 

MBV: Em seu novo clipe, da canção “Fantasmas Talvez”, você mescla uma série de referências – musicais, cinematográficas e plásticas. Musicalmente, você homenageia artistas da sua cidade natal, Vitória. Há outras referências da música nacional também? Quem mais te influencia?

AP: Músicas como “Na hora do almoço” (Belchior) e “Panis at circense” (Caetano Veloso e Gilberto Gil) foram inspiração pra criar a cena da família na mesa, outras referências cinematográficas foram Magnólia (1999), Ghost Story (2017), além da estética inspiradora de Jodorowsky e David Lynch. São sempe muitas inspirações e suor de ideias pra construir roteiros complexos e músicas que colocam as pessoas pra viajar. Alguns nomes que me inspiram? Além dos já citados, Sérgio Sampaio, Raul Seixas, Alceu Valença, Chico Cesar, Mutantes, John Frusciante, Doors, Beatles, tanta coisa…

Trecho do clipe “Fantasmas Talvez”, de André Prando. FOTO: Gabriel Hand

 

MBV: Depois do sucesso do disco “Voador”, lançado no ano passado, você já tem algum novo projeto em mente?

AP: Ainda considero “Voador” novinho, pretendo circular muito com ele ainda (ficamos em turnê com o Estranho Sutil, disco anterior, por 3 anos). Temos o show Voador captado em vídeo e vamos trabalhar esse lançamento ainda, registros acústicos, outros videoclipes, etc. Paralelo à isso, algumas parcericas com outros artistas em andamento e algumas ideias para disco futuro, mas o foco ainda é explorar o universo Voador bastante.

 

MBV: Como você vê hoje o governo Bolsonaro? 

AP: Simplesmente um pesadelo. É muito triste que estejamos tendo que passar por isso, que as pessoas tenham sido enganadas por um discurso tão raso da tal “mudança”, que tenham se contentado com uma opção tão despreparada como Bolsonaro. A onda do discurso de ódio, de fugir de debates, de autoritarismo, é simplesmente inacreditável. Espero que o povo acorde logo. Como artista, eu espero estar fazendo minha parte de inspirar o pensamento crítico e a reação das pessoas. Como canto no Voador: “A maré vai mudar, amar e mudar. Todas essas coisas eu vi num transe” (Eu vi num transe)

 

Por: João Santiago

Casuarina realiza show em homenagem ao centenário de Jackson do Pandeiro

GRUPO CASUARINA. FOTO: Felipe Giubilei

O Casuarina une-se aos festejos pelo centenário do Rei do Ritmo e fará uma curta temporada de seis shows integralmente dedicados a este gigante da música popular brasileira, no espetáculo Cem Anos do Rei do Ritmo – Casuarina canta os sambas de Jackson do Pandeiro.  Os shows serão na CAIXA Cultural Rio de Janeiro  e ocorrem nos dias 13, 14, 15, 20, 21 e 22 de setembro. 

Em dois fins de semana, o público ouvirá uma faceta do artista com a qual o grupo carioca tem muita afinidade. “O fio condutor deste projeto é essa relação do Jackson com o samba. Apesar de ser mais associado à música nordestina por motivos óbvios, ele também era um grande sambista, tinha orgulho disso, fazia questão de deixar claro que era e se considerava um sambista também. E o show será recheado desses muitos sambas que ele gravou durante a carreira”, explica o músico e compositor Gabriel Azevedo, fundador do Casuarina e diretor musical do espetáculo.

Autor de uma obra extensa e influente, o paraibano José Gomes Filho nasceu em 1919, filho de uma família que já vivia de arte popular – sua mãe, Flora, era uma versadora e cantadora muito requisitada na região de Alagoa Grande. Foi ela quem deu o primeiro pandeiro ao menino. O instrumento viraria sobrenome e lhe renderia a alcunha de Rei do Ritmo. Jackson ficou famoso não apenas por sua exímia habilidade com o pandeiro, mas também por seu jeito sincopado de cantar, um enorme carisma e a versatilidade de sua obra. O músico transitou por diversos gêneros e colecionou sucessos no forró, no coco, no rojão, e também no samba. No último dia 31 de agosto, comemoramos os 100 anos de Jackson do Pandeiro e a classe artística tem produzido uma série de homenagens ao artista que será disponibilizada ao público até o final de 2019.

 

Serviço:

“Cem Anos do Rei do Ritmo – Casuarina canta os sambas de Jackson do Pandeiro”

Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Teatro de Arena (Endereço: Av.

Almirante Barroso, 25, Centro -Metrô e VLT: Estação Carioca)

Datas: de 13 a 22 de setembro de 2019 (sexta-feira a domingo)

Horário: 19h

Informações: (21) 3980-3815

Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia). Além dos casos previstos em

lei, clientes CAIXA pagam meia.

Bilheteria: de terça-feira a domingo, das 13h às 20h

Duração: 75 min

Classificação Indicativa: Livre

Capacidade: 226 lugares (mais 4 para cadeirantes)

Acesso para pessoas com deficiência

 

Por: Redação

‘Quero dedicar essa energia a cada professor e professora do Brasil’, vibrou o rapper Criolo no Queremos! Festival

criolo no queremos!

FOTO: ANA ROMAGUERA

 

Na noite do último dia 15 de junho, na Marina da Glória, o rapper Criolo subiu ao palco do Queremos! Festival 2019 (leia tudo sobre o festival aqui!) com uma energia impressionante e já conhecida pela maior parte dos seus fãs. O artista mesclou clássicos de sua carreira com trabalhos mais recentes e produziu uma catarse coletiva aos presentes.  Diante de um público extasiado, o cantor renovou os ânimos de cada um:

“Quero dedicar essa energia a cada professor e professora do Brasil!”

criolo no queremos!
Criolo no Queremos! Festival 2019 Foto: Ana Romaguera/MBV

 

Acompanhado pelo parceiro fiel DJ DanDan e os produtores e multi-instrumentistas Bruno Buarque, Dudinha e Daniel Ganjaman, Criolo cativou as gerais delirantes que foram provocadas pelo cantor, que conclamava todas e todos:

“Eu não tô te ouvindo, eu não tô te ouvindo! Tá cansadinho?”

Criolo no Queremos! Festival 2019 Foto: Ana Romaguera/MBV

 

DJ DanDan no Queremos! Festival 2019 Foto: Ana Romaguera/MBV

O som-pesadão-envolvente dominou o espaço. Artista e público comungaram na canção ‘Duas de Cinco’, do álbum ‘Convoque Seu Buda’, lançado em 2014. A noite se encaminhava para as apresentações finais com a presença visceral de Criolo, que demonstrou ali todo o teor político anti-demagógico e intensidade.

Filmagem: Ana Romaguera/MBV

 

Por: João Santiago

Queremos! Festival 2019: A festa da diversidade

FOTO: ANA ROMAGUERA

 

O sol despontava no horizonte da Baía da Guanabara quando os portões da Marina da Glória, no Rio de Janeiro, abriram às 13:30 para receber a segunda edição do Queremos! Festival. A primeira atração estava marcada para uma hora depois, mas o público já chegava antes pra garantir seu lugar à sombra em dia típico de outono carioca. O aguardado evento contou com a presença de novas promessas da nossa música e artistas renomados. A Orquestra Sinfônica da Petrobras abriu os trabalhos, executando canções do filme Bohemian Rhapsody, que narrou a história da banda inglesa Queen e de seu intérprete Freddie Mercury.

MBV NO QUEREMOS
Palco Rosa do Queremos! Festival 2019 Foto: Ana Romaguera/MBV

Era um excelente presságio do bom gosto que a curadoria do festival ofereceria para o público. Aliás, a produção merece nota: impecável. Do início ao fim, a estrutura montada no coração da cidade respeitou e abraçou aqueles que foram assistir seus artistas favoritos. Com uma programação majoritariamente nacional, a pluralidade do público contribuiu para que a noite fosse de paz e, como proclamou posteriormente o artista Criolo, representavam a ‘resistência do amor’.

Às 15:30, a banda Carne Doce iniciou o show no Palco Amarelo, envolvendo todas e todos com a sua sonoridade ímpar e bebendo da fonte do Indie rock aliada a sonoridades tipicamente brasileiras. O gramado lateral em contraste com a terra batida, onde os fãs se aglomeravam, dava a sensação de que havíamos feito uma viagem no tempo dos grandes festivais pelo mundo ao longo da História. A associação ao Woodstock 69′ e ao Rock in Rio 85′ era natural, amplificada pelo grito rouco contemporâneo de liberdade: dos costumes, sexual, artística e política. A vocalista Salma Jô conduziu, com malemolência, o público que já sentia uma certa brisa no rosto, com a temperatura mais amena.

 

Salma Jô no Queremos! Festival 2019 Foto: Ana Romaguera/MBV
Salma Jô no Queremos! Festival 2019 Foto: Ana Romaguera/MBV

O Palco Rosa recebeu, na sequência, o show de Jade Baraldo, que ganhou notoriedade em participação no reality show musical The Voice Brasil. A apresentação equilibrava a voz suave da intérprete com um som ritmado, de peso, que seguia no envolvimento do público. Em tempo, ‘envolvência’ é o conceito que marca cada show e manifestação espontânea de cada um. E essa ideia se proliferava à medida que o festival ia ficando mais cheio e a noite chegava.

A noite despontou com a cantora Luedji Luna, que aprofundou a malemolência e ofereceu aos presentes um show gingado, recheado de canções viscerais e realizou uma apresentação política por natureza. A representatividade das letras das canções e o canto ecoado pelos orixás transbordaram a energia do ambiente. Em rodas entre conhecidos e desconhecidos, grupos, casais e novos amigos dançavam enquanto se preparavam para um grito uníssono, por justiça e mais amor.

Luedji Luna no Queremos! Festival 2019 Foto: Ana Romaguera/MBV

A artista soteropolitana de voz potente levantou o público que já ocupava todos os cantos do Queremos! Festival 2019 e se preparava pra receber Duda Beat. O ambiente já estava lotado quando a cantora iniciou sua apresentação no Palco Rosa. O calor dava espaço para um clima mais aconchegante e noturno, com os fãs se jogando na batida da pista. Vale destacar também o som límpido e potente ali instalado. A iluminação de cada show se destacava, reunindo a identidade de cada artista a um conceito próprio.

Duda Beat no Queremos! Festival 2019 Foto: Ana Romaguera/MBV
Espaço Deezer no Queremos! Festival 2019 Foto: Ana Romaguera/MBV

Nos intervalos , o público podia relaxar nos espaços lounges, recarregar as energias na área ‘Comemos’, que ofereceu uma ampla e diversificada opção de lanches, além de se divertir com os amigos no karaokê disponibilizado pela Deezer, com um variado cardápio musical. A plataforma de streaming global também realizou a cobertura do Queremos! Festival, direto do aplicativo para todo o Brasil!

Uma das atrações nacionais mais esperadas, Gal Costa abriu com a canção ‘Dê um Rolê’, imortalizada na sua voz nos anos de 1970 e composta por Moraes Moreira e Luis Galvão, do grupo Novos Baianos. A artista seguiu com “Mamãe Coragem” (Caetano Veloso e Torquato Neto), “Vaca Profana” (Caetano Veloso) e “As Curvas da Estrada de Santos” (Roberto Carlos e Erasmo Carlos). Perfilando clássicos e incluindo canções do mais recente álbum “A Pele do Futuro”, Gal emocionou e envolveu por completo as pessoas que ali estavam.

Gal Costa no Queremos! Festival 2019 Foto: Ana Romaguera/MBV

Com uma energia impressionante e já conhecida pela maior parte dos seus fãs,  Criolo subiu ao palco diante de um público extasiado, renovando os ânimos de cada um:

“Quero dedicar essa energia a cada professor e professora do Brasil!”

Criolo no Queremos! Festival 2019 Foto: Ana Romaguera/MBV

As gerais delirantes foram provocadas pelo cantor, que conclamava todas e todos:

“Eu não tô te ouvindo, eu não tô te ouvindo! Tá cansadinho?”

O som-pesadão-envolvente dominou o espaço. Artista e público comungaram na canção ‘Duas de Cinco’, do álbum ‘Convoque Seu Buda’, lançado em 2014. A noite se encaminhava para as apresentações finais com a presença visceral de Criolo, que demonstrou ali todo o teor político anti-demagógico e intensidade.

Filmagem: Ana Romaguera/MBV

 

O Queremos! Festival 2019 representou uma catarse coletiva e libertária diante de um conturbado cenário político vivido hoje no Brasil. Nasceu já como parte da História do Rio de Janeiro.

No futuro, os escafandristas da canção ‘Futuros Amantes’, de Chico Buarque, encontrarão os tais vestígios de estranha civilização e, no eco de antigas palavras, verão na experiência sonora um ato de amor.

A resistência do amor.

 

Por: João Santiago

Orquestra Brasileira de Música Jamaicana comemora dez anos de carreira no Auditório do Ibirapuera

FOTO: CAIO LEITE

 

No próximo domingo, 16 de junho, a Orquestra Brasileira de Música Jamaicana desembarca em São Paulo para show comemorativo dos dez anos de carreira. O repertório do grupo inclui clássicos da Música Popular Brasileira como Trem das Onze (Adoniran Barbosa), Carinhoso (Pixinguinha e João de Barro), Frevo mulher (Zé Ramalho), Águas de Março (Tom Jobim), Cotidiano (Chico Buarque) e Que Maravilha (Jorge Ben Jor e Toquinho). A apresentação conta ainda com marchinhas de carnaval e skas internacionais.

A banda, que realiza arranjos de músicas conhecidas em ritmo de SKA, já constitui uma sólida carreira de sucesso e convida todo mundo pra dançar no Auditório do Ibirapuera.

  • SERVIÇO:

Orquestra Brasileira de Música Jamaicana

Em “#Dez”

Dia 16 de junho, domingo, 19h

Duração: 80 minutos (aproximadamente)

Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia entrada)

[livre para todos os públicos]

informações: www.auditorioibirapuera.com.br

tel.: 3629-1075 ou info@auditorioibirapuera.com.br

Capacidade: 806 lugares

Av. Pedro Alvares Cabral, s/n – Portão 2 do Parque do Ibirapuera

(Entrada para carros pelo Portão 3)

Fone: 11.3629-1075

info@auditorioibirapuera.com.br

http://www.auditorioibirapuera.com.br/

Ar-condicionado. Acesso a deficientes. Proibido fumar no local.

 

Estacionamentos / Transporte:

Estacionamento do Parque Ibirapuera, sistema Zona Azul – R$ 5 por duas

horas. Dias úteis das 10h às 20h, sábados, domingos e feriados das 8h às 18h

Ônibus:

Linha 5154 – Terminal Sto Amaro / Estação da Luz

Linha 5630 – Terminal Grajaú / Metrô Bras

Linha 675N – Metrô Ana Rosa / Terminal Sto. Amaro

Linha 677A – Metrô Ana Rosa / Jardim Ângela

Linha 775C/10 – Jardim Maria Sampaio / Metrô Santa Cruz

Linha 775A/10 – Jd. Adalgiza / Metrô Vila Mariana

O Auditório Ibirapuera não possui estacionamento ou sistema de valet. O estacionamento do Parque Ibirapuera é Zona Azul e tem vagas limitadas. Sugerimos que venha de táxi ou transporte público

 

Horários da bilheteria:

Sextas-feiras e sábados, das 13h às 22h

Domingos, das 13h às 20h

Ingressos

Sistema Ingresso Rápido, pelo site www.ingressorapido.com.br e pontos de venda espalhados por todo o Brasil.

Formas de Pagamento: American Express, Visa, MasterCard, Dinners Club, Aura, Hipercard, Elo, Vale Cultura Sodexo e Vale Cultura Ticket, todos os cartões de débito e dinheiro. Não aceita cheques.

O serviço de reservas pelo site do Auditório está suspenso temporariamente para adequação ao aumento da demanda e melhor atendimento ao usuário.

Meia Entrada:

– Estudantes: apresentar na entrada Carteira de Identidade Estudantil.

– Professores da Rede Estadual, Aposentados e Idosos acima de 60 anos: apresentar RG e comprovante.

– Menores de 12 anos, acompanhados pelos pais, têm direito a 50% de desconto do valor da inteira, quando Censura Livre.

 

 

  • Ficha Técnica:

Fabio Luchs (bateria)

Felippe Pipeta (composições, trompete)

Fernando Bastos (sax tenor e flauta transversal)

Igor Thomaz (saxofone alto e barítono)

Lincoln Bretha (baixo)

Otavio Nestares (trompete)

Pedro Cunha (teclado)

Ruben Marley (trombone)

Sergio Soffiatti (guitarra e vocal, composições, produção musical)

Ligia Taverna Chaim (iluminação)

Rubens Marques Damasceno (técnico de PA)

Mari Tabisa de Almeida (produtora)

Ana Ira Pedroso (produtora)

Adriana Santos (produtora)

Alberico Santos (produtor)

Anderson Lopes Costa (técnico de som)

Lirinha (roadie)

Gustavo Michelucci (VJ)

ENTREVISTA: Marina Peralta lança EP ‘Leve’

marina peralta

FOTO: VITOR MARECO

 

Uma das revelações da Música Popular Brasileira, a cantora e compositora Marina Peralta lançou, no último dia 17/05, o EP ‘Leve’. Oriunda de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, a cantora está prestes a se mudar para a capital de São Paulo e celebra, na arte e no cotidiano, a maternidade.

Em meio a um turbilhão de novidades, a artista topou o convite para uma entrevista com o Música Brasileira Viva e compartilhou sua visão sobre a importância do empoderamento feminino nos espaços artísticos, nos contou um pouco sobre suas referências e apontou suas perspectivas para o futuro do Brasil:

“Estou decepcionada com a nossa capacidade (povo) de perceber o quão grave é o momento. O governo não me surpreende pois eu tinha noção do perigo antes do atual presidente ser eleito”.

Com o financiamento do Fundo Municipal de Investimentos Culturais da Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Campo Grande – MS (FMIC 2018), ‘Leve’ será lançado primeiramente em Campo Grande e transitará por outros estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e Santa Catarina.

 

Leia a entrevista completa com Marina Peralta:

Música Brasileira Viva: Marina, o lugar escolhido para lançamento de seu novo EP ‘Leve’ será na cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Como é a relação com a sua terra natal? Foi lá onde você começou a carreira musical?

Marina Peralta: Nada mais justo. Sinto que estrear aqui é como ter a benção da cidade, das pessoas que me acompanham desde o começo, que foi aqui sim. Sou campo-grandense e amo essa cidade!

MBV: A sua música aborda muito a questão do empoderamento feminino como fundamental nos dias atuais. Como você vê o espaço para mulheres que querem fazer música, hoje, no Brasil?

MP: Vejo que estamos avançando porque não aceitamos mais o lugar de espectadora, se o que queremos e podemos é protagonizar nossa arte, dando diferentes contribuições. Não dá mais pra indústria nos negar lugar de fala, e é mérito nosso. Ainda há muito o que avançar e precisamos questionar os privilégios entre nós mesmas.

MBV: A canção ‘Lua’, de seu novo EP, foi feita para sua filha. Em que medida a maternidade transformou o seu eu-artístico?

MP: A maternidade transforma todo o meu eu. A arte é uma consequência visível, pois de fato me arranca uma profundidade que eu ainda estou conhecendo. Mas vale apontar que apesar de uma nova e imensa inspiração, que é a Lua, nunca mais tive o mesmo tempo pra compor (risos)!

MBV: Entre os artistas da Música Popular Brasileira, quais você considera como sendo suas principais inspirações? Quais são suas outras inspirações para compor canções?

MP: Sempre acho difícil essa pergunta pois ouço muita coisa e me inspiro em muitas pessoas. Mas atualmente tô ouvindo bastante Metá Metá, Jocyara, Xênia França. Recentemente descobri Pietá, gostei muito. Sentimentos e histórias que me tocam, me inspiram. Sou bem guiada pelo que sinto, inclusive nas lutas social e política, que são humanas né?

MBV: O viés social e político também está muito presente em suas canções, como em ‘Novo Canto’, que encerra o seu primeiro CD,  ‘Agradece’. Quais são suas perspectivas para o atual governo no Brasil?”

MP: Estou decepcionada com a nossa capacidade (povo) de perceber o quão grave é o momento. O governo não me surpreende pois eu tinha noção do perigo antes do atual presidente ser eleito. Vivemos tempos de ódio com muita dificuldade de diálogo. Só a mobilização nas ruas pode impedir mais retrocessos. Devemos cuidar de quem amamos!

 

Por: João Santiago

 

Ouça o EP ‘Leve’ completo:

Gal Costa, Criolo, Carne Doce e Baco Exu do Blues no Queremos! Festival

gal costa queremos

FOTO: BOB WOLFENSON

 

No próximo dia 15 de junho, a Marina da Glória, no Rio de Janeiro, recebe a segunda edição do Queremos! Festival. Com 14 horas de duração, a festa contará com atrações internacionais e nacionais de peso, com destaque na música brasileira para Gal Costa, Criolo, o duo brasiliense Forró Red Light, Baco Exu do Blues e a Orquestra Petrobras Sinfônica.

A plataforma Queremos! é global e nasceu com o intuito de reunir artistas e fãs, contando com uma curadoria musical especial. O público pode pedir seus artistas favoritos em suas cidades e compartilhar esse pedido com os amigos, gerando mais engajamento e mais demanda para o artista. Atualmente, o Queremos! possui um calendário fixo de eventos em quatro das principais capitais brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Para curtir bem a maratona de shows, o festival preparou uma área de convivência projetada pela gru.a, escritório carioca de arquitetura que desenvolve instalações artísticas e estruturas efêmeras. A área de food truck foi batizada de Comemos!, para os mais variados gostos. ComunaBel Trufas e Brota são os primeiros anúncios dessa seleção.

 

PROGRAMAÇÃO BRASILEIRA NO QUEREMOS! FESTIVAL

Baco Exu do Blues

Carne Doce

Criolo

Duda Beat

Forró Red Light

Gal Costa

Luedji Luna

 

QUEREMOS! Festival:

15/06/2019 – Marina da Glória (Rio de Janeiro)

Ingressos a partir de R$ 120 (primeiro lote)

 

Por: João Santiago

Show de Verão da Mangueira ganha data extra.

show_da_mangueira

Depois de esgotados os ingressos para o Show de Verão da Mangueira, dia 19/02 no Vivo Rio, a Estação Primeira resolveu abrir nova data, na quinta-feira, dia 21/02. O evento reunirá Alcione, Chico Buarque, Leci Brandão, Maria Bethânia, Mart`nália e a Bateria da Mangueira.

Os ingressos podem ser adquiridos aqui: https://bit.ly/2tuP8iE

Samba-enredo 2019: “História para ninar gente grande”.

Ouça:

Clube (Tropicalista) da Esquina

Foi em uma esquina na cidade de Belo Horizonte que a música brasileira passou a rever paradigmas. Sob influência dos Beatles, de João Gilberto e da Tropicália, o grupo mineiro se formou à mesma época dos Novos Baianos, mesclando a guitarra elétrica e a cultura POP com o essencialmente brasileiro, cru e, ao mesmo tempo, sofisticado.

Dissera uma vez Elis Regina que se Deus cantasse certamente teria a voz de Milton Nascimento. E foi ali que o mineiro se reuniu com Lô Borges, Márcio Borges, Beto Guedes, Solange Borges, Toninho Horta e tantos outros para formar um movimento despretensioso, mas de relevância singular tal como é o tropicalismo.

Na corrente que aponta a Música Popular Brasileira como referência de resistência ao fascismo, um grupo formado por impecáveis músicos cariocas vem tornando realística a referência do Clube da Esquina e os Beatles. Para Lennon e McCartney surgiu da união de fãs dos garotos de Liverpool e de Minas aliando dedicação e amor à música.

Mantendo a sonoridade dos arranjos originais, os artistas buscam um ponto de intersecção entre a banda inglesa e o Clube, de maneira muito pensada e, por vezes, com indicação de amigos, fãs ou amigos-fãs que veem combinações inesperadas ou nunca antes pensadas.

 

parque das ruinas clube
Projeto Para Lennon e McCartney no Parque das Ruínas. Foto: Ana Romaguera

 

O projeto foi idealizado por Sérgio Sansão, que também assina a direção geral,  ficando responsável também pela voz, flauta, baixo, bateria, percussão e arranjos. No violão, voz, piano, mandolin e arranjos, é de Deco Fiori o roteiro e a codireção. Direção musical, arranjos, voz, violão e piano são de Eduardo Braga. Na voz, baixo, guitarra e arranjos, Dudi Baratz. Na bateria, Jefferson Vieira. Na guitarra, João Freire. E os teclados são de Lourival Franco.

Esse momento de manutenção da memória parece ressoar. Nos últimos anos, Lô Borges dedicou-se a uma turnê comemorativa do emblemático Disco do Tênis. Claro, não poderia deixar de rememorar também alguns clássicos do primeiro disco do Clube. Agora, Milton Nascimento anuncia novo show para o ano de 2019 dedicado aos dois discos lançados com Lô e a turma.

Esse movimento parece nos acalentar em tempos sombrios. E Para Lennon McCartney faz sua primeira parada do ano em 2019 no dia 16 de janeiro, no Imperator, Rio de Janeiro.

Um sopro de ânimo para seguir resistindo.

A Música Popular Brasileira vive.

 

PROJETO PARA LENNON E MCCARTNEY

DATA: 16 DE JANEIRO DE 2019
DIA E HORÁRIO: QUA: 20H / Abertura da casa: 1h antes do evento
LOCAL: IMPERATOR – Rua Dias da Cruz, 170 – Méier.
INGRESSOS: Plateia Inferior e balcão: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia)
VENDAS: Bilheteria do Centro Cultural, Terça e Quarta: 13h às 20h30; Quinta a sábado: 13h às 21h30; Domingo: 13h às 19h30.
PONTOS DE VENDA DA INGRESSO RÁPIDO: https://goo.gl/iQxbJF

 

O espetáculo-desacato de Chico Buarque

FOTO: CÍNTIA CARVALHO/SETOR VIP

 

Desacatando e desafinando o coro dos haters, com sua costumeira elegância, Chico abre o show “Caravanas” com seu violão em riste na canção “Minha Embaixada Chegou”, de Assis Valente, para já prenunciar a que veio e onde conduz nas 31 canções do repertório ali apresentado.

Mais do que músicas de um setlist, é possível notar um artista comprometido com o nosso tempo, que fala de um Brasil atualíssimo, tanto nas faixas do disco que dá nome à turnê, quanto na ressignificação que dá às suas próprias composições, extensivas e complementares ali no espetáculo.

Pois bem, sim, é um espetáculo. Um show, muitas vezes, permite improvisos e mudanças no roteiro, mas Francisco nos apresenta um espetáculo contemporâneo, sem espaço para escapadas. Tudo muito bem costurado ali onde cada canção representa uma caravana, palavra esta também ressignificada pelo compositor.

Na sequência da abertura, vem “Mambembe” – ‘debaixo da ponte, cantando. Por baixo da terra, cantando. Na boca do povo’. E “Partido Alto”, em que Chico termina com um rapeado – ‘mas se alguém me desafia e bota mãe no meio, dou pernada a três por quatro e nem me despenteio. Que eu já to de saco cheio’.

– Vai pra Cuba! – apela a gente ordeira e virtuosa.

E ele vai. Com a versão que fez para “Yolanda”, do cantor e compositor cubano Pablo Milanés, Chico conduz sua caravana para a ilha do mar do Caribe e já emenda na inédita “Casualmente”, canção integralmente em espanhol, em parceria com Jorge Hélder, que dedicou à cidade de Havana.

Na sequência, faz-se um arrepiante e belíssimo silêncio no recinto para ouvir o artista brasileiro cantar “A moça do sonho”, parceria antiga com Edu Lobo, mas gravada apenas em seu último disco. Sob as luzes do palco, Chico convida seu maestro soberano na composição “Retrato em Branco e Preto”, onde reverenciaria outras duas vezes em seu espetáculo-desacato.

E por falar em desacatar, o tal artista brasileiro custa a crer ‘que meros lero-leros de um cantor possam te dar tal dissabor’, e segue com a canção “Desaforos”, de seu mais recente álbum, irônica aos haters de plantão, suspendendo, com “Injuriado”, a caravana dos odiosos. Inicia-se e encerra-se outra em “Dueto”, na saga lírica da certeza de um par que se encontra. Em 1980, Buarque já havia gravado a canção com Nara Leão e em 2001, com Zizi Possi. No disco “Caravanas”, o dueto é com Clara Buarque, sua neta, apresentando ali um dos principais vestígios de sua finitude.

“Eis o malandro na praça outra vez”. Uma das principais virtudes de Chico é tornar suas canções eternas, ainda que, por vezes, pareçam circunstanciais. A sequência a seguir de “A Volta do Malandro” e “Homenagem ao Malandro”, ambas feitas para o espetáculo “Ópera do Malandro”, apesar de tratarem de um momento muito específico, ressignificam-se ali no espetáculo. Chico até aquele ponto prepara o terreno para sua chegada derradeira. O malandro pra valer está de volta, aposentou a navalha e leva a caravana consigo.

Em seguida, “Palavra de Mulher” e os mais rasgantes versos do eu-lírico feminino conduzidos com maestria pelo poeta até “As Vitrines”, lançada no ano de 1981, no disco “Almanaque”. Nesta, ele já abordava liricamente as problematizações da prostituição, da moça e da “poesia que entornas no chão”.

A iluminação impecável e criativa de Maneco Quinderé, que cria o pano de fundo simulando uma rede de trave neste momento, traz a retomada do artista para seu mais recente álbum, com a canção “Jogo de Bola”. Nela, Chico traça um paralelo entre uma partida de futebol e o sentido do envelhecer: “É ver o próprio tempo num relance e sorrir pro tempo”.

Por outro lado, em sua parceria com o neto Chico Brown, “Massarandupió” conta sobre a meninice de seu “parceiro mais amado”, como o próprio autor se refere antes de apresentar a canção. Massarandupió é uma praia na Bahia onde o pequeno Francisco foi criado e desenvolveu a caravana da infância. “Devia o tempo de criança ir se arrastando até escoar, pó a pó / Num relógio de areia o areal de Massarandupió”. Ali, o Velho Francisco demonstra mais um sinal evidente de sua finitude, em vida e obra a ser perpetuada pelos seus.

Em “Outros Sonhos”, canção que segue, a caravana é do sonho pelo lugar ideal que de tão sui generis, o eu-lírico sabe que lá terá seu amor correspondido. “E por sonhar o impossível, sonhei que tu me querias”. Ainda há o refrão cantado em espanhol que, segundo o próprio Chico, ouvia de seu pai, ainda na infância.

“Blues pra Bia” retoma o novo disco, com a saga de um amor impossível, já “que no coração de Bia, meninos não tem lugar” e, então, ao repetir a letra pela segunda vez, o compositor, já resignado, agora está apaixonado por seu próprio blues, donde podemos perceber um peso maior do piano, dos sopros e das guitarras.

Nas canções seguintes, “A História de Lily Braun” e “A Bela e A Fera”, Chico chama sua caravana circense nas duas parcerias que fez com Edu Lobo para o espetáculo “O Grande Circo Místico”. Na primeira, um globo prateado desce ao centro do palco e o jogo de luzes impecável de Quinderé dá o tom de “drink no dancing”. A segunda, gravada originalmente pelo gênio do soul brasileiro, Tim Maia, encerra o momento Chico e Edu no desacato.

À meia luz e sentado em seu banquinho, Buarque repousa as mãos nos joelhos para cantar “Todo o Sentimento”, parceria dele com Cristóvão Bastos, que também participou da composição da canção seguinte, “Tua Cantiga”. Falando de amor, Chico emociona e leva parte do público ao choro contido na primeira, mas logo se levanta e caminha de um lado a outro do palco apresentando a segunda, música de seu mais recente álbum.

Aproximando-se do fim do espetáculo-desacato, o compositor apresenta ali ao vivo “Sabiá”, parceria dele com Tom Jobim, que fora campeã do III Festival Internacional da Canção, em 1968. À época, o Brasil vivia sob a repressão da Ditadura Militar e as duas canções finalistas eram “Caminhando”, de Geraldo Vandré, favorita do público e considerada engajada politicamente e “Sabiá”, escolhida pelo júri e considerada alienada pelo público.

Tom e Chico foram vaiados em pleno Maracanãzinho na finalíssima do Festival. Com o passar dos anos, a canção teve seu valor reconhecido, que prenunciava o momento de exílio político pelo qual diversos intelectuais, políticos e figuras divergentes do governo ditatorial passaram. Agora, podemos ver um cantor aclamado com uma de suas mais belas composições.

Chico segue, apresentando sua trupe formada por Luiz Claudio Ramos (violão, guitarra e arranjos), João Rebouças (piano), Bia Paes Leme (teclado e vocais), Chico Batera (percussão), Jorge Helder (contrabaixo), Marcelo Bernardes (flauta e sopros) e Jurim Moreira (bateria), com uma homenagem ao baterista que há tantos anos o acompanhava em turnês, Wilson das Neves. Com um chapéu panamá, canta “Grande Hotel”, reverenciando o mestre e parceiro na canção.

Levando mais uma vez ao palco sua caravana teatral, Chico e banda apresentam “Gota D’Água”, originalmente interpretada por Bibi Ferreira na montagem original da peça de mesmo nome. Na sequência, encerrando as faixas de seu mais novo álbum, vem “As Caravanas”, que traça um paralelo entre aqueles que chegam dos subúrbios para as praias da zona sul carioca e os refugiados muçulmanos que migram para Europa. Uma denúncia da “gente ordeira e virtuosa que apela pra polícia despachar de volta o populacho pra favela ou pra Benguela ou pra Guiné”.

Ao final, chama sua “Estação Derradeira” para homenagear seu Rio e a Mangueira que outrora disse que um dia seria lembrado por “Chico da Mangueira”. E encerra, oficialmente o show com “Minha Embaixada Chegou”, nos seguintes trechos: “Minha embaixada chegou / meu povo deixou passar / ela agradece a licença / que o povo lhe deu pra desacatar”.

E como o espetáculo precisa continuar, com as luzes da casa ainda apagadas, o público clama pelo BIS e Chico retorna ao palco com sua banda para encerrar sua caravana do desacato com mais três canções. A escolhida para iniciar a sessão é “Geni e o Zepelin”, denúncia do entreguismo do Brasil ao capital estrangeiro, magistralmente captada em metáforas singulares.

Presença obrigatória em todos os shows de Francisco desde que fora lançada, “Futuros Amantes” é a canção seguinte do BIS. Sobre o amor que pode esperar, “e quem sabe então o Rio será alguma cidade submersa”. Aqui vale um comentário: só um gênio mesmo para utilizar a palavra ‘escafandristas’ em uma música de forma tão genial.

E encerra definitivamente, homenageando os artistas que fizeram parte de sua caravana musical e, principalmente seu maestro soberano, Antônio Carlos Jobim, com “Paratodos”.

Feliz é um povo que tem Chico Buarque.

Triste é aquele que não sabe dar o valor.

Mas ele não liga.

Com classe, pede licença e desacata.