“Sei que significa muito pras pessoas que me acompanham também, pros artistas que nos olham como referência, a gente sente a vibração de quem torce por nós”, declarou André Prando sobre sua participação no palco SUPERNOVA do Rock in Rio

FOTO: FELIPE AMARELO

Com videoclipe novo na praça, o cantor e compositor capixaba André Prando alcança um dos maiores palcos do mundo: O Rock in Rio. Na edição deste ano, no Rio de Janeiro, o artista sobe ao palco SUPERNOVA no dia 6 de outubro. Nesse mesmo dia, o festival também receberá artistas como Muse, Os Paralamas do Sucesso e o encontro entre Lulu Santos e Silva.

Em entrevista ao portal MBV, Prando contou suas referências para a realização do clipe da canção “Fantasmas Talvez” e garante que tem muito material de seu último álbum – Voador -, que será a essência de seu show no próximo dia 6:

“Ainda considero “Voador” novinho, pretendo circular muito com ele ainda (ficamos em turnê com o Estranho Sutil, disco anterior, por 3 anos). Temos o show Voador captado em vídeo e vamos trabalhar esse lançamento ainda, registros acústicos e outros videoclipes”. 

 

Música Brasileira Viva: André, recentemente você foi anunciado como uma das atrações do palco SUPERNOVA, do Rock in Rio 2019. É a realização de um sonho? Como isso impacta na sua carreira? 

André Prando: Talvez seja o show mais especial da minha vida, é o sonho de qualquer artista, a gente trabalha pra alcançar cada vez palcos maiores, mas esse convite foi inesperado. Claro, sei que é fruto de muitos anos de dedicação. Sei que significa muito pras pessoas que me acompanham também, pros artistas que nos olham como referência, a gente sente a vibração de quem torce por nós. Energia é coisa séria, né? Alegria define! Acredito que vai marcar nossa história, mas o corre continua o mesmo, sabe? Se as pessoas passarem a se atentar mais pra nós por conta disso, massa! Acho ótimo (risos)

 

MBV: Em seu novo clipe, da canção “Fantasmas Talvez”, você mescla uma série de referências – musicais, cinematográficas e plásticas. Musicalmente, você homenageia artistas da sua cidade natal, Vitória. Há outras referências da música nacional também? Quem mais te influencia?

AP: Músicas como “Na hora do almoço” (Belchior) e “Panis at circense” (Caetano Veloso e Gilberto Gil) foram inspiração pra criar a cena da família na mesa, outras referências cinematográficas foram Magnólia (1999), Ghost Story (2017), além da estética inspiradora de Jodorowsky e David Lynch. São sempe muitas inspirações e suor de ideias pra construir roteiros complexos e músicas que colocam as pessoas pra viajar. Alguns nomes que me inspiram? Além dos já citados, Sérgio Sampaio, Raul Seixas, Alceu Valença, Chico Cesar, Mutantes, John Frusciante, Doors, Beatles, tanta coisa…

Trecho do clipe “Fantasmas Talvez”, de André Prando. FOTO: Gabriel Hand

 

MBV: Depois do sucesso do disco “Voador”, lançado no ano passado, você já tem algum novo projeto em mente?

AP: Ainda considero “Voador” novinho, pretendo circular muito com ele ainda (ficamos em turnê com o Estranho Sutil, disco anterior, por 3 anos). Temos o show Voador captado em vídeo e vamos trabalhar esse lançamento ainda, registros acústicos, outros videoclipes, etc. Paralelo à isso, algumas parcericas com outros artistas em andamento e algumas ideias para disco futuro, mas o foco ainda é explorar o universo Voador bastante.

 

MBV: Como você vê hoje o governo Bolsonaro? 

AP: Simplesmente um pesadelo. É muito triste que estejamos tendo que passar por isso, que as pessoas tenham sido enganadas por um discurso tão raso da tal “mudança”, que tenham se contentado com uma opção tão despreparada como Bolsonaro. A onda do discurso de ódio, de fugir de debates, de autoritarismo, é simplesmente inacreditável. Espero que o povo acorde logo. Como artista, eu espero estar fazendo minha parte de inspirar o pensamento crítico e a reação das pessoas. Como canto no Voador: “A maré vai mudar, amar e mudar. Todas essas coisas eu vi num transe” (Eu vi num transe)

 

Por: João Santiago

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